16/10/2018 às 13h43min - Atualizada em 16/10/2018 às 13h43min

Fígado é explantado para doação no Hospital Santa Cruz de Canoinhas

Perder um ente querido é sempre uma dor irreparável, mas saber que um pedacinho dele continua vivo em outra pessoa, é geralmente, um acalento.

Foi com esse pensamento, que uma família Canoinhense autorizou a doação de órgãos, que passou a ser a chance de sobrevivência de outra pessoa no Estado do Paraná.

A Comissão Hospitalar de Transplante (CHT) do Hospital Santa Cruz de Canoinhas, juntamente com equipe vinda de Curitiba realizaram na manhã desta segunda-feira, 15, o explante do fígado, o qual foi direcionado para o Estado do Paraná, devido não haver paciente compatível em Santa Catarina nesta data.
As informações do doador e do receptor do órgão são sigilosas, mas a CHT Canoinhas afirma que a compreensão da família foi essencial para o sucesso na execução dos trabalhos. “O que mais chamou atenção neste caso e que emocionou as equipes médica e de enfermagem é que o paciente já era transplantado, em 2013 passou por um transplante de rim, mas antes disso, permaneceu 5 anos na fila de espera pelo órgão. A família lembra da agonia e do sofrimento vivenciado por todos, a expectativa mais dolorosa por uma segunda chance para ter uma vida normal e com qualidade, foi por ter vivido essa etapa difícil que a família disse SIM a doação, SIM a vida, como forma de retribuição ao bem que um dia também receberam. Quando a família compreende a grandiosidade que é doar um órgão, todo o processo é facilitado e conseguimos ter tempo hábil de fazer todos os trâmites e desta forma trazer um pouco de “acalento” a família no momento da perda”, conta a Coordenadora de Transplante da CHT, Karin Adur.
“É uma satisfação muito grande fazer parte dessa história de gratidão vinda de uma pessoa que no passado recebeu o rim de um doador e que agora ela pode retribuir doando o seu fígado para uma outra pessoa e assim perpetuar esse gesto de gratidão e amor ao próximo. Parabéns à família que prontamente se dispôs a fazer a doação e a toda a equipe do hospital que está cada vez mais engajada nesse trabalho”, diz Dr. Andrei L. Moraes, Coordenador de Transplante.

Hoje, no Brasil, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar sua família do desejo da doação. A doação de órgãos só acontece após autorização dos familiares de primeiro grau e a retirada dos órgãos não altera a fisionomia do paciente, podendo o velório acontecer normalmente.
 
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