11/03/2024 às 09h35min - Atualizada em 11/03/2024 às 09h35min

Acusado de matar animador que se vestia de Homem-Aranha em SC vai a júri popular nesta segunda; relembre caso

A vítima se vestia do personagem Homem-Aranha e se apresentava com a Carreta da Alegria

O homem acusado de ser o mandante da morte do animador de eventos Bruno Vianna, de 26 anos, vai a júri popular nesta segunda-feira (11), divulgou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A vítima se vestia do personagem Homem-Aranha e se apresentava com a Carreta da Alegria em Xaxim, no Oeste de Santa Catarina. O crime ocorreu em 10 de novembro de 2022.

O réu que será julgado nesta segunda é acusado de ser o mandante. Ele foi denunciado pelo MPSC por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O júri ocorre a partir das 12h no fórum de Xaxim.

Relembre o crime
O crime aconteceu na Praça Pública, no Centro do município de Xaxim, por volta das 23h30 em 10 de novembro. Conforme a denúncia do MPSC, o réu foi junto com um adolescente ao local onde a vítima trabalhava. A Carreta da Alegria estava estacionada naquele local naquela data.

Ao chegar, a dupla perguntou pelo Homem-Aranha e foram até o lugar indicado, uma área de repouso para os funcionários. Ao encontrarem a vítima, o adolescente atirou pelo menos três vezes. Vianna foi atingido no abdômen e não resistiu aos ferimentos.

O crime teria acontecido, segundo o delegado Wesley Costa, responsável pela delegacia de Xaxim, por ciúmes de uma ex-namorada do réu, que teria se relacionado brevemente com a vítima.

"Temos convicção de que o réu é mandante e atuou com domínio do fato para matar a vítima, apesar de o adolescente tentar assumir sozinho o crime", disse o promotor do MPSC Michel Eduardo Stechinski.

Na época do assassinato, o adolescente tinha 16 anos e o réu, 19.

O que aconteceu com o adolescente?
Em fevereiro de 2023, a Justiça determinou a aplicação de medida socioeducativa de internação ao adolescente. Ele praticou um ato infracional equiparado ao crime de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A medida socioeducativa de internação tem o prazo máximo de três anos, com avaliação a cada seis meses.

Quem era a vítima
Vianna trabalhava em uma empresa de transporte onde se vestia de Homem-Aranha para animar os clientes. De acordo com o contramestre e amigo Juarez Santana, a vítima era capoeirista e chegou a dar aula do esporte. Ele cresceu no Paraná.

Por Joana Caldas, g1 SC
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