08/03/2022 às 21h06min - Atualizada em 08/03/2022 às 21h06min

‘Bola de fogo’ surpreende em aparição rara no céu de SC

G1

A passagem de lixo espacial pela atmosfera foi registrada por uma câmera de monitoramento em Monte Castelo, no Norte catarinense, na madrugada desta terça-feira (8). O astrônomo amador Jocimar Justino afirmou que profissionais da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) fazem estudos para identificar o objeto que causou o fenômeno.

O fato ocorreu por volta das 4h30 desta terça. Em uma das câmeras, a impressão é de que o objeto está subindo, mas Justino esclareceu que se trata apenas do ângulo no qual a trajetória foi capturada. "Na minha câmera, ele sumiu na região de Curitiba, possivelmente foi até o oceano", afirmou.

O astrônomo acredita que o objeto possa ser a parte de um foguete. "A princípio, se for esse, foi lançado no ano passado, não é muito antigo", afirmou.

Lixo espacial

Ele explicou que várias partes de satélites e foguetes orbitam a Terra. No início do ano, as câmeras em Monte Castelo registraram a reentrada na atmosfera de um satélite soviético lançado há mais de 30 anos.

Segundo Justino, é frequente que lixo espacial entre na atmosfera. "O que é raro é a gente conseguir filmar, já que geralmente ocorre em áreas sem população, no oceano ou deserto", afirmou.

Em relação a partes de foguetes, ele explicou que "algumas quedas são programadas, dependendo do modelo, com intuito de cair no oceano, em um local bem remoto, onde não tenha perigo de atingir nenhuma embarcação". Ainda conforme Justino, o lixo espacial chega a ficar em órbita às vezes por décadas ou centenas de anos.

O astrônomo também esclareceu que este caso pode ser considerado um meteoro, já que esta palavra é usada para falar do fenômeno luminoso no céu. É possível diferenciar uma rocha do lixo espacial pela rapidez do movimento. "Dá para notar que a velocidade dele [lixo espacial] é bem mais baixa", afirmou.


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