15/11/2023 às 09h21min - Atualizada em 15/11/2023 às 09h21min

Defesa Civil de SC prevê nova enchente para os próximos dias em Blumenau, Rio do Sul e Taió

Foto/Marcos Batista Correa

Após cinco enchentes nos últimos 45 dias, Blumenau e as principais cidades do Alto Vale do Itajaí poderão enfrentar uma nova cheia neste final de semana. Ao menos, é o que prevê a Defesa Civil de Santa Catarina.

O órgão estadual emitiu uma nota hidrológica na tarde desta terça-feira (14), revelando que há previsão de acumulados significativos de chuva para os próximos cinco dias, refletindo em uma nova enchente. Espera-se, entretanto, que ela tenha uma proporção menor que as anteriores.

Volume de chuva é alto e poderá causar nova enchente

Para que seja considerada uma enchente em Blumenau, o nível do rio Itajaí-Açu deve ficar acima dos 8 metros. Segundo nota emitida pela Defesa Civil Estadual, são esperados para a cidade acumulados de 150 e 200 milímetros de chuva de terça (14) a domingo (19).

O órgão estima que o rio Itajaí-Açu poderá chegar a 8,50 metros ou até 9,50 metros, com pico entre domingo (19) e segunda-feira (20). A enchente, caso ocorra, seria menor que três das cinco cheias anteriores registradas na maior cidade do Vale do Itajaí.

Em Rio do Sul, os modelos apontam de 150 a 190 milímetros para os próximos dias. Caso se confirmem, os índices irão se refletir em uma enchente com pico de 9,50 a 10,50 metros na maior cidade do Alto Vale, chegando no pico nas mesmas datas previstas para Blumenau.

Em Taió, que foi bastante castigada pelas chuvas de outubro, também poderá ocorrer uma nova inundação. O acumulado de chuva previsto para a cidade é menor, 120 a 160 milímetros, mas o rio Itajaí do Oeste deve chegar próximo ao mesmo nível previsto para o rio Itajaí-Açu em Rio do Sul, conforme afirma a nota da Defesa Civil do Estado, assinada pela hidróloga Graciane Vivan Pomatti.

Ituporanga, contudo, é a grande novidade neste levantamento. Sem registrar danos em outubro, há um acumulado de chuva mais intenso para a cidade, de 200 a 250 milímetros de terça (14) a domingo (19).

Mesmo com tanta chuva, o nível do rio Itajaí do Sul, que corta a cidade, não deve subir tanto quanto em outros locais. A Defesa Civil do Estado estima que seu nível poderá chegar de 5,50 a 7 metros, com pico da cheia previsto para sábado (18) ou domingo (19).

“É importante ressaltar que as previsões do tempo podem sofrer alterações, assim como a situação hidrológica, que deve ser acompanhada diariamente. A Defesa Civil segue em monitoramento constante das condições meteorológicas e hidrológicas no Estado e recomenda sempre acompanhar diariamente a previsão do tempo e os avisos e alertas emitidos por fontes oficiais”, diz nota do órgão.

Situação de momento no Vale e Alto Vale do Itajaí

Os rios que cortam o Vale do Itajaí ainda estão um pouco acima do nível normal, mas dentro de suas calhas. Devido ao grande volume de chuva nos últimos meses, o solo está encharcado e a preocupação maior é justamente com as áreas de encosta.

Na última cheia que castigou Blumenau há duas semanas, mesmo com o rio chegando a 9,50 metros, o grande destaque foi um deslizamento que provocou uma avalanche de lama em uma área residencial da cidade. Deslizamento parecido aconteceu em 2008, exatamente no mesmo local.

Com relação ao nível dos rios, por volta das 07h da manhã desta quarta-feira (15), o rio Itajaí-Açu estava na marca de 4,62 metros, em estado de atenção. Em Rio do Sul, no mesmo horário, o nível era mais elevado: 5,64 metros.

As barragens do Alto Vale do Itajaí operam dentro da capacidade. Na manhã desta quarta-feira (15), a barragem Norte de José Boiteux, seguia com uma comporta aberta e outra fechada, em 44,76% de ocupação e 30,50 metros de água armazenada.

Na barragem Sul de Ituporanga, há quatro comportas abertas, uma fechada e o canal extravasor também fechado. A barragem está com 22% de ocupação, com 19,84 metros de água.

Na barragem Oeste de Taió, as sete comportas estão abertas, o canal extravasor está aberto e a barragem está com 20,64% de ocupação. Há 12,82 metros de água armazenada na estrutura.

Fonte/LUCAS ADRIANO/NDmais

 


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