Uma grande e inusitada operação logística inicia, na semana que vem, para a chegada dos animais do Oceanic Aquarium, o aquário de Balneário Camboriú, que tem previsão de inaugurar no fim de novembro. Os primeiros animais a chegarem são de criadouros nacionais. Uma parte virá por transporte rodoviário, e outra de avião.
Não se trata de uma operação comum: por terra, ou pelo ar, é preciso garantir diversos parâmetros, como a temperatura e a oxigenação da água durante toda a viagem.
Os que demandam transporte aéreo são os animais mais delicados. É o caso do peixe-disco amazônico, uma colorida espécie ornamental que virá de criadouros na região Norte do país.
A maior operação logística, no entanto, é reservada para a fase final, quando chegarão os animais que vêm do exterior, por meio de importação direta. Nessa etapa virão peixes como a aruanã-asiática, trazida da Tailândia, e os tubarões galha-preta, importados da Indonésia.
Os peixes que chegarem serão recebidos no setor extra do aquário – uma área de apoio, que fica no Bairro Nova Esperança, nas proximidades do zoo. Ali, passarão por uma espécie de quarentena. O biólogo marinho André Neto, responsável técnico pelo aquário, explica que os peixes precisam de um tratamento de imunidade antes de chegarem aos tanques definitivos, para garantir que todas as espécies estejam saudáveis.
Aguardados
Entre as espécies mais esperadas estão os pinguins e as lontras, que são animais resgatados. As lontras virão do Pará – parte delas são filhotes abandonados pelos pais, que não sobreviveriam sozinhos na natureza, e outros foram alvo de maus tratos. Ainda não há data para a chegada das estrelas do aquário.
Experiência
Esta não é a primeira vez que o biólogo André Neto fará uma operação logística para o transporte de animais para um aquário. Ele trabalhou em alguns dos maiores e mais famosos oceanários do mundo, como o de Lisboa, em Portugal, e o de Barcelona, na Espanha.