26/06/2019 às 13h53min - Atualizada em 26/06/2019 às 13h53min

Corpo de Bombeiros de SC tem a primeira mulher promovida por ato de bravura

Durante o atendimento a uma ocorrência cotidiana do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), que aconteceu no mês de maio de 2017, na cidade de Florianópolis, uma bombeira militar teve destaque de atuação, que rendeu a ela uma promoção por ato de bravura, a primeira concedida a uma mulher na história da corporação.

A Cabo BM Stefania Adaime Veit, na época Soldado, estava em atuação no 1º Batalhão Bombeiro Militar, com sede em Florianópolis, quando a equipe de plantão foi acionada para uma ocorrência de parada cardiorespiratória.  

“É muito gratificante ver que tudo que nós aprendemos contribuiu para que eu pudesse, com a ajuda dos meus colegas de guarnição, ter a frieza e a coragem necessárias para enfrentar aquela situação para ajudar ao próximo”, exalta.

“Espero que eu possa servir de exemplo pra que a gente possa mostrar que sim, nós somos capazes”, complementa.
Sobre a promoção por ato de bravura

Quando um profissional ingressa na carreira de Praça do CBMSC, ele passa pelo Curso de Formação de Soldados e passa a atuar na corporação como soldado, após cinco anos passa a ser soldado 1º classe e pode passar por um concurso interno, almejando a carreira de Cabo. Após o curso de formação e dois anos na função, pode realizar outro concurso interno e após o curso de formação passar para o posto de sargento.

Quando um bombeiro militar é promovido por ato de bravura, ele automaticamente é promovido para uma graduação acima da sua, sem passar pelo concurso interno. Porém, para a progressão na carreira o profissional deve passar pelo curso de formação.

Nesta situação a soldado Stefania foi promovida para a graduação de Cabo e também receberá a medalha Cruz de Bravura, além de moção honrosa da Câmara de Vereadores de Canoinhas e da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina.

Mulheres em corporações militares
Maria Quitéria de Jesus Medeiros foi a primeira mulher incorporada em uma Unidade Militar, no ano de 1823, durante a Guerra da Independência. No início da década de 80 foram os primeiros registros de mulheres que ingressaram nas Forças Armadas Brasileiras.

Em Santa Catarina o ingresso feminino na carreira militar iniciou em junho de 1983, na Polícia Militar de Santa Catarina, enquanto que no CBMSC, desde sua emancipação, em junho de 2003, a instituição passou a contar com as primeiras bombeiras militares.
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